quarta-feira, 11 de junho de 2025

Parashá Behaalotechá, lições

A Parashá Behaalotechá (Números 8:1–12:16) é repleta de ensinamentos sobre liderança, espiritualidade e desafios da jornada do povo de Israel no deserto. Vamos explorar seu significado, capítulo por capítulo, com comentários rabínicos e lições para os nossos dias.

Introdução

O nome "Behaalotechá" significa "quando acenderes", referindo-se à ordem dada a Arão para acender a Menorá no Tabernáculo. Esse ato simboliza a iluminação espiritual e o papel dos líderes em guiar o povo. A parashá também aborda a consagração dos levitas, a celebração do Segundo Pêssach, a partida do povo de Israel do Sinai, as reclamações sobre o maná e o episódio de Miriam e Arão criticando Moshê.

Capítulo 8 – A Menorá e os Levitas

D'us ordena que Arão acenda a Menorá e purifique os levitas para o serviço no Tabernáculo.
🔹 Comentário rabínico: A luz da Menorá representa a sabedoria e a espiritualidade. O Midrash ensina que, embora D'us não precise de luz, Ele ordena que os homens a acendam para simbolizar a iluminação do mundo com a Torá.
🔹 Lição para os nossos dias: Cada pessoa pode ser uma fonte de luz para os outros, espalhando conhecimento e bondade.

Capítulo 9 – O Segundo Pêssach

D'us permite que aqueles que estavam impuros celebrem Pêssach um mês depois.
🔹 Comentário rabínico: O Talmud destaca que essa lei demonstra a misericórdia divina, oferecendo uma segunda chance para aqueles que não puderam cumprir a mitsvá no tempo correto.
🔹 Lição para os nossos dias: Sempre há uma segunda chance para se conectar com a espiritualidade e corrigir erros.

Capítulo 10 – A Partida do Povo

O povo de Israel finalmente parte do Monte Sinai, guiado pelas trombetas e pela Arca da Aliança.
🔹 Comentário rabínico: O Zohar explica que a jornada do povo simboliza o crescimento espiritual. Cada etapa da viagem representa um novo nível de conexão com D'us.
🔹 Lição para os nossos dias: A vida exige preparação e orientação. Devemos estar atentos aos sinais que nos guiam.

Capítulo 11 – As Reclamações e o Maná

O povo reclama da comida e deseja carne, demonstrando ingratidão. D'us envia codornizes, mas também uma praga.
🔹 Comentário rabínico: Rashi explica que a reclamação não era apenas sobre comida, mas sobre a dificuldade de seguir as mitsvot. O povo sentia falta da "liberdade" do Egito, onde não havia restrições espirituais.
🔹 Lição para os nossos dias: A gratidão é essencial. Reclamar sem reconhecer as bênçãos pode levar a consequências negativas.

Capítulo 12 – Miriam e Arão falam contra Moshê

Miriam e Arão criticam Moshê, e Miriam é punida com lepra.
🔹 Comentário rabínico: O Talmud ensina que Lashon Hará (fala negativa) tem consequências graves. Miriam, uma profetisa, foi punida para mostrar que ninguém está acima da lei divina.
🔹 Lição para os nossos dias: As palavras têm poder. Devemos evitar fofocas e julgamentos precipitados.

Conclusão

A Parashá Behaalotechá nos ensina sobre humildade, gratidão e a importância da liderança justa. A jornada do povo de Israel reflete nossa própria caminhada espiritual, cheia de desafios e oportunidades de crescimento. Assim como a Menorá iluminava o Tabernáculo, devemos buscar ser luz para o mundo, guiando-nos pela sabedoria da Torá.

Por: familia bnei Avraham

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