domingo, 29 de dezembro de 2024

PARASHÁ VAYIGASH - COMENTÁRIOS E LIÇÕES

 A Parashá Vayigash, encontrada em Gênesis 44:18-47:27, é uma porção dramática e emocional que

relata o clímax da história de José e a reconciliação com seus irmãos. Vamos explorar os principais eventos e os comentários rabínicos sobre esta parashá:

Resumo da Parashá Vayigash

Gênesis 44:18-34 - Judá se Aproxima de José

  • Judá se aproxima de José para implorar pela libertação de Benjamim, oferecendo-se para se tornar escravo no lugar de seu irmão. Ele argumenta com paixão, explicando o impacto devastador que a perda de Benjamim teria sobre seu pai, Jacó.

Gênesis 45:1-15 - José se Revela

  • Emocionado pelo discurso de Judá, José finalmente revela sua identidade aos irmãos. Ele os assegura que não guardam rancor, explicando que tudo o que aconteceu foi parte do plano divino para salvar suas vidas durante a fome.

  • José instruiu seus irmãos a trazerem Jacó e toda a família ao Egito, onde ele providenciará comida e abrigo para todos.

Gênesis 45:16-28 - José Envia Convites

  • Faraó fica satisfeito com a reunião e ordem para que a família de José receba carruagens e suprimentos para a jornada ao Egito. Os irmãos voltam para Canaã e informam Jacó que José ainda está vivo.

Gênesis 46:1-27 - Jacó Desce ao Egito

  • Jacó, também chamado de Israel, parte para o Egito. Deus se revele a ele em uma visão noturna, garantindo-lhe que sua descida ao Egito é parte do plano divino e que sua família será grande e retornará à Terra Prometida.

  • A genealogia dos descendentes de Jacó é listada enquanto eles mudam para o Egito.

Gênesis 46:28-47:12 - Reencontro e Reassentamento

  • Jacó e José se reencontram emocionadamente. José instrui seus irmãos sobre como se apresentarem ao faraó, dizendo que são pastores, a fim de garantir que eles se estabeleçam na terra de Gósen, afetando para a criação de gado.

  • Faraó acolhe a família de José e permite que eles habitem em Gósen.

Gênesis 47:13-27 - Administração da Crise

  • José administra os recursos do Egito durante a fome, comprando terras e gado dos egípcios em troca de grãos. Ele estabelece um sistema de tributação que garante que os agricultores mantenham sua subsistência enquanto forem considerados para os armazéns do faraó.

Comentários Rabínicos

Rashi : Rashi destaca a coragem e a transformação de Judá, que se voluntaria para se tornar escravo em vez de Benjamim. Ele também comenta sobre a revelação de José e a importância do perdão e da reconciliação.

Ramban (Nachmanides) : Ramban discute as exceções divinas na narrativa de José, enfatizando que todas as dificuldades que ele enfrentou foram parte de um plano maior para salvar sua família.

Sforno : Sforno comenta sobre a visão de Jacó antes de descer ao Egito, interpretando-a como um sinal de que a estadia no Egito era temporária e que a redenção final ocorreria quando a nação retornasse à Terra Prometida.

Lições da Parashá Vayigash

  1. Coragem e Sacrifício : A coragem de Judá ao se oferecer como escravo em lugar de Benjamim demonstra a importância do sacrifício pessoal em prol do bem-estar da família e da comunidade.

  2. Perdão e Reconciliação : A revelação de José e seu perdão aos irmãos ressaltam a importância do perdão e da reconciliação, mesmo após grandes traições e sofrimentos.

  3. Providência Divina : A história de José ilustra como Deus pode usar circunstâncias difíceis para alcançar um bem maior e cumprir Seu plano divino.

  4. Unidade Familiar : A reunificação da família de Jacó no Egito destaca a importância da unidade familiar e do apoio mútuo em tempos de crise.

A Parashá Vayigash é uma narrativa poderosa sobre coragem, perdão, e a mão orientadora das exceções divinas. 

Por: Família Bnei Avraham 

domingo, 22 de dezembro de 2024

Resumo da Parashá Miketz e suas lições

 A Parashá Miketz está localizada em Gênesis 41:1-44:17 e continua a narrativa da vida de José no

Egito. Vamos explorar os principais eventos e as lições que podemos tirar dessa porção da Torá:

Resumo 

Gênesis 41:1-36 - Os Sonhos do Faraó

  • Faraó tem dois sonhos perturbadores: sete vacas gordas devoradas por sete vacas magras, e sete espigas de trigo cheias devoradas por sete espigas secas.

  • O copeiro-chefe lembra de José e sugere que ele interprete os sonhos do faraó.

  • José interpreta os sonhos como um aviso de sete anos de abundância seguido por sete anos de fome. Ele aconselha o faraó a estocar grãos durante os anos de abundância.

Gênesis 41:37-57 - Ascensão de José

  • Impressionado com a sabedoria de José, o faraó o nomeia governador do Egito, responsável por preparar o país para a fome vinda.

  • José administra os recursos do Egito com grande competência durante os sete anos de abundância.

  • Quando chega a fome, pessoas de toda a região vêm ao Egito para comprar grãos, incluindo os irmãos de José.

Gênesis 42:1-38 - Os Irmãos de José Vão ao Egito

  • Jacó envia seus filhos (exceto Benjamim) ao Egito para comprar grãos.

  • José registrou seus irmãos, mas eles não o registraram. Ele decidiu testá-los, acusando-os de serem espiões e prendendo Simeão até que tragam Benjamim.

Gênesis 43:1-34 - A Segunda Viagem ao Egito

  • A fome continua, e Jacó relutantemente permite que os irmãos levem Benjamim ao Egito.

  • José se encontra com seus irmãos novamente e os trata generosamente, mas continua a esconder sua identidade.

Gênesis 44:1-17 - O Cálice de José

  • José testa seus irmãos colocando seu cálice de prata no saco de Benjamim e, depois, acusando-os de roubo.

  • Os irmãos são trazidos de volta a José, que oferece deixar os outros irem embora, mas manter Benjamim como escravo.

Comentários Rabínicos

  1. Rashi : Explica a importância dos sonhos como meios pelos quais Deus comunica Seus planos para o futuro. Rashi também destaca a sabedoria e a prudência de José em sua gestão do Egito.

  2. Ramban (Nachmanides) : Enfatiza a justiça e as exceções divinas, demonstrando que os acontecimentos da vida de José fazem parte de um plano maior para salvar sua família e cumprir as promessas feitas a Abraão.

  3. Midrash : Oferece interpretações sobre os testes de José aos seus irmãos, indicando que ele queria verificar se eles haviam mudado e estavam arrependidos por suas ações passadas.

Lições da Parashá Miketz

  1. Providência Divina : A história de José mostra como Deus guia eventos aparentemente aleatórios para cumprir Seus propósitos. A ascensão de José ao poder é um exemplo de como as exceções da ópera divina em nossas vidas.

  2. Sabedoria e Prudência : Administração sábia de José durante os anos de abundância e fome é um modelo de prudência e planejamento. Ensina a importância de estar preparado para tempos difíceis.

  3. Perdão e Reconciliação : Os testes de José aos seus irmãos são um precursor para o perdão e a reconciliação que virão mais tarde. A parashá destaca a importância de refletir sobre nossas ações e buscar a redenção.

  4. Resiliência e Fé : A capacidade de José de manter sua fé e integridade diante de adversidades extremas é uma lição poderosa sobre resiliência e confiança em Deus.

A Parashá Miketz é rica em ensinamentos sobre liderança, perdão, e fé nas exceções divinas.


O QUE DIZ A CABALA

A Cabala oferece uma interpretação esotérica e profunda da Parashá Miketz, destacando aspectos espirituais e místicos dos eventos narrados. Aqui estão alguns pontos principais:

Sonhos e Interpretação

  • Sonhos do Faraó : Na Cabala, os sonhos são vistos como mensagens divinas que revelam verdades ocultas sobre o mundo físico e espiritual. Os sonhos do faraó sobre as férias e as espigas são interpretados como sinais de ciclos de abundância e escassez, refletindo a natureza cíclica da criação.

  • Interpretação de José : A habilidade de José em interpretar os sonhos é vista como uma manifestação do dom de compreensão espiritual e da sabedoria. A Cabala ensina que a interpretação dos sonhos é uma habilidade que vem da conexão com o mundo espiritual e a capacidade de perceber as mensagens ocultas.

Ascensão de José

  • Ascensão ao Poder : A ascensão de José ao cargo de vice-rei do Egito é vista como um exemplo de como a sabedoria e a integridade podem levar a posições de liderança e influência. Na Cabala, a elevação de uma pessoa é frequentemente associada à elevação espiritual e ao cumprimento do seu propósito divino.

  • Gestão do Egito : A habilidade de José em administrar os recursos do Egito durante os sete anos de abundância e a subsequente fome é vista como um exemplo de como a sabedoria e as exceções divinas podem ser usadas para enfrentar desafios e garantir a sobrevivência.

Reencenação e Reconciliação

  • Reencenação dos Sonhos : A reencenação dos sonhos de José pelos irmãos é vista como um momento de revelação e reconhecimento. Na Cabala, a reencenação de acontecimentos passados ​​é uma forma de aprendizado e crescimento espiritual.

  • Perdão e Reconciliação : A reconciliação final entre José e seus irmãos é vista como um exemplo de como o perdão e a reconciliação podem levar à cura e à harmonização das relações humanas e espirituais. A Cabala enfatiza a importância do perdão como um meio de restaurar a harmonia e a paz.

Por: Família Bnei Avraham.  

domingo, 15 de dezembro de 2024

PARASHÁ VAYESHEV, RESUMO, ENTENDIMENTO E LIÇÕES

A  Parashá Vayeshev está localizada em Gênesis 37:1-40:23 e é uma porção rica em eventos significativos e lições importantes. Por questões de direitos autorais, não posso fornecer o texto completo, mas aqui está um resumo detalhado dos capítulos incluídos nesta parashá:

Resumo Detalhado da Parashá Vayeshev

Gênesis 37:1-11 - Os Sonhos de José

  • José, filho favorito de Jacó, recebe uma túnica de muitas cores.
  • Ele tem dois sonhos proféticos: no primeiro, os feixes de trigo dos seus irmãos se curvam diante do seu feixe; no segundo, o sol, a lua e onze estrelas se curvam diante dele.
  • Seus irmãos ficam ainda mais invejosos e irritados com ele por causa desses sonhos.

Gênesis 37:12-36 - José é Vendido pelos Seus Irmãos

  • Jacó envia José para verificar o bem-estar de seus irmãos que pastoreavam os rebanhos.
  • Ao vê-lo se aproximando, os irmãos conspiram para matá-lo, mas acabam jogando-o em um poço vazio.
  • Rubem planeja resgatar José, mas enquanto está ausente, os irmãos vendem José a mercadores ismaelitas por vinte moedas de prata.
  • José é levado ao Egito, onde é vendido a Potifar, oficial do faraó.
  • Os irmãos enganam Jacó, fazendo-o acreditar que José foi morto por um animal selvagem.

Gênesis 38:1-30 - A História de Judá e Tamar

  • Judá se afasta de seus irmãos e se casa com a filha de um cananeu, gerando três filhos: Er, Onã e Selá.
  • Er, o primogênito, casa-se com Tamar, mas é morto por sua maldade.
  • Onã, segundo a lei do levirato, casa-se com Tamar, mas também é morto por sua desobediência.
  • Tamar disfarça-se de prostituta e engravida de Judá. Ela dá à luz gêmeos, Perez e Zerá.

Gênesis 39:1-23 - José na Casa de Potifar

  • José prospera na casa de Potifar, que confia nele e o coloca a cargo de todos os seus bens.
  • A esposa de Potifar tenta seduzir José, mas ele rejeita suas investidas.
  • Ela falsamente acusa José de tentar violentá-la, e ele é lançado na prisão.
  • Mesmo na prisão, José ganha a confiança do carcereiro e é colocado a cargo dos outros prisioneiros.

Gênesis 40:1-23 - José Interpreta os Sonhos do Copeiro e do Padeiro

  • Na prisão, José encontra o copeiro-chefe e o padeiro-chefe do faraó, ambos encarcerados.
  • Eles têm sonhos perturbadores, que José interpreta: o copeiro será restaurado ao seu cargo, enquanto o padeiro será executado.
  • As interpretações de José se concretizam, mas o copeiro, ao ser restaurado, esquece-se de José.

Lições da Parashá Vayeshev

  1. Perseverança e Fé: José mantém sua fé em Deus e sua integridade, mesmo diante de adversidades extremas. Sua resiliência é um exemplo de como enfrentar dificuldades com coragem.
  2. Consequências da Inveja: A inveja dos irmãos de José leva a atos de traição e sofrimento, destacando os perigos da inveja e do ciúme.
  3. Importância do Perdão: Eventualmente, a história de José evolui para um exemplo de perdão e reconciliação, mostrando que é possível curar e superar conflitos familiares.
  4. Providência Divina: A vida de José mostra que, mesmo nos momentos mais sombrios, há um propósito maior e a mão de Deus está sempre presente, guiando os eventos para um bem maior.

A Parashá Vayeshev nos oferece uma narrativa rica que continua a inspirar lições de moral, fé e resiliência.

 

Parashá Vayeshev, comentários cabalísticos

Os comentários cabalísticos sobre a Parashá Vayeshev oferecem uma interpretação mais profunda e esotérica dos eventos narrados. Aqui estão alguns pontos principais:

  1. Sonhos de José: Na Cabala, os sonhos de José são vistos como revelações divinas que refletem a estrutura espiritual do mundo. Os feixes de grãos e as estrelas representam diferentes aspectos da criação e da providência divina.
  2. Inveja dos Irmãos: A inveja dos irmãos de José é interpretada como uma manifestação do "Yetzer Hará" (a inclinação maligna) que todos os seres humanos possuem. A Cabala ensina que essa inclinação pode ser superada através da elevação espiritual e da transformação do desejo maligno em algo positivo.
  3. Caminho de José: A jornada de José, desde ser vendido como escravo até se tornar um líder no Egito, é vista como um paralelo ao caminho espiritual que cada pessoa deve percorrer. A Cabala enfatiza a importância da perseverança, da fé e da confiança em Deus, mesmo em tempos de adversidade.
  4. Redenção e Perdão: A reconciliação final entre José e seus irmãos é vista como um exemplo de redenção e perdão. Na Cabala, o perdão é considerado essencial para a cura e a harmonização das relações humanas e espirituais.

Por: Família Bnei Avraham

Esses comentários cabalísticos nos ajudam a entender a Parashá Vayeshev não apenas como uma história histórica, mas como uma fonte de sabedoria espiritual e orientação para a vida.

 

domingo, 8 de dezembro de 2024

PARASHÁ VAYISHLACH: ENTENDIMENTO E LIÇÕES

Gênesis 32:4-32:23 – Preparativos de Jacó para Encontro com Esaú

Jacó se prepara para encontrar seu irmão Esaú, com quem teve um conflito anteriormente. Temendo a reação de Esaú, Jacó envia mensageiros com presentes para apaziguar seu irmão. Ele divide seu grupo em duas partes para proteger sua família e bens, caso Esaú ataque.

Lição: A prudência e a estratégia de Jacó mostram a importância de planejar e se preparar para enfrentar situações difíceis.

Gênesis 32:24-32:32 – A Luta de Jacó com o Anjo

Durante a noite, Jacó luta com um ser divino até o amanhecer. O anjo abençoa Jacó e muda seu nome para Israel, que significa "aquele que luta com Deus", marcando uma transformação espiritual significativa.

Lição: A luta de Jacó simboliza a luta interna que todos enfrentamos, mostrando a necessidade de coragem e fé para superar desafios pessoais e espirituais.

Gênesis 33:1-33:20 – Encontro e Reconciliação com Esaú

Jacó finalmente encontra Esaú e, para sua surpresa, Esaú o recebe de braços abertos. Os irmãos se reconciliam, trocam presentes e seguem seus caminhos.

Lição: A reconciliação entre Jacó e Esaú ensina a importância do perdão, da paz e de resolver conflitos antigos.

Gênesis 34:1-34:31 – Violação de Dina e Vingança dos Irmãos

Dina, filha de Jacó, é raptada e violentada por Siquém, filho de Hamor. Em resposta, seus irmãos, Simeão e Levi, enganam e matam os homens de Siquém, vingando o desrespeito à sua irmã.

Lição: Esta história levanta questões complexas sobre justiça, vingança e proteção dos membros vulneráveis da família, mostrando as consequências devastadoras de ações precipitadas.

Gênesis 35:1-35:15 – Jacó em Betel

Deus ordena que Jacó vá a Betel e construa um altar. Jacó cumpre a ordem, purifica sua família e esconde os ídolos estrangeiros. Deus reafirma a mudança de nome de Jacó para Israel e promete que ele será uma grande nação.

Lição: A fidelidade de Jacó a Deus e sua obediência demonstram a importância de manter nossa fé e compromisso com os mandamentos divinos.

Gênesis 35:16-35:29 – Morte de Raquel e Isaque

Raquel morre ao dar à luz Benjamim e é enterrada em Betel. Jacó constrói um monumento em sua memória. Mais tarde, Isaque, pai de Jacó, também falece e é sepultado por seus filhos Jacó e Esaú.

Lição: A história nos lembra da fragilidade da vida e da importância de honrar e lembrar nossos entes queridos.

Gênesis 36:1-36:43 – Descendência de Esaú

O capítulo lista os descendentes de Esaú, detalhando os chefes das várias tribos e clãs que surgiram de sua linhagem, destacando a importância de Esaú como patriarca de várias nações.

Lição: A genealogia de Esaú mostra a importância da família e da herança, assim como a continuidade das gerações e o cumprimento das promessas divinas.

 

Comentários Rabínicos

 

  1. Rashi: Rashi explica que Jacó lutou com um anjo, e essa batalha simboliza a luta interna de Jacó para superar seus medos e inseguranças.
  2. Midrash: O Midrash sugere que Jacó foi ajudado por anjos durante a luta, o que indica que ele tinha apoio divino em sua jornada.
  3. Ramban: Ramban (Nahmanides) vê a luta de Jacó como uma metáfora para a luta espiritual que cada pessoa deve enfrentar para se aproximar de Deus.

Lições

  1. Humildade e Coragem: A história de Jacó mostra que é necessário ter coragem para enfrentar desafios, mas também humildade para reconhecer a ajuda divina.
  2. Reconciliação: A reconciliação de Jacó com Esaú ensina a importância de resolver conflitos e buscar a paz.
  3. Proteção e Cuidado: A história de Dina destaca a necessidade de proteger e cuidar dos membros mais vulneráveis da comunidade.

Espero que este entendimento detalhado ajude a esclarecer os temas e mensagens da Parashá Vayishlach!

Por: Família Bnei Avraham  

CULTURA JUDAICA

 A cultura judaica é rica e diversificada, refletindo milhares de anos de história, tradições, e práticas religiosas. Ela tem influências de diversas regiões do mundo, uma vez que o povo judeu foi disperso em várias diásporas. Vamos explorar alguns aspectos principais da cultura judaica:

Religião e Espiritualidade

  • Judaísmo: É a religião monoteísta dos judeus, baseada na Torá (os primeiros cinco livros da Bíblia) e no Talmude (compêndio de leis e tradições).

  • Sabat (Shabat): O descanso semanal do pôr do sol de sexta-feira até o anoitecer de sábado. É um tempo de descanso e reflexão espiritual.

  • Festivais e Feriados: Festivais importantes incluem o Rosh Hashaná (Ano Novo Judaico), Yom Kipur (Dia da Expiação), Sucot, Hanucá, Purim, Pessach (Páscoa Judaica), e Shavuot.

Tradições e Práticas

  • Bar e Bat Mitzvá: Cerimônias que marcam a maioridade religiosa aos 13 anos para meninos (Bar Mitzvá) e aos 12 anos para meninas (Bat Mitzvá).

  • Casamento Judaico: Envolve rituais tradicionais como a assinatura da ketubah (contrato de casamento) e a cerimônia sob a chuppah (dossel).

  • Circuncisão: Realizada no oitavo dia de vida de um menino, chamada brit milá.

Literatura e Pensamento

  • Textos Sagrados: Além da Torá e do Talmude, há outros textos como o Midrash, a Mishná e a Cabala.

  • Filosofia Judaica: Inclui pensamentos de filósofos renomados como Maimônides e Spinoza, que exploraram a relação entre razão e fé, ética e moralidade.

Língua e Educação

  • Hebraico: A língua sagrada do judaísmo usada nas orações e textos religiosos. É também a língua oficial de Israel.

  • Idish: Uma língua germânica mista com elementos hebraicos, falada tradicionalmente por judeus asquenazes.

  • Educação: A ênfase na educação e no estudo é uma pedra angular da cultura judaica, com muitos judeus valorizando o aprendizado e a erudição.

Artes e Música

  • Música Klezmer: Um gênero musical que se originou nas comunidades judaicas da Europa Oriental.

  • Literatura: Escritores judeus notáveis incluem Sholem Aleichem, Isaac Bashevis Singer e Amos Oz, que exploram temas da vida judaica.

Culinária

  • Comida Casher (Kosher): Alimentos preparados de acordo com as leis dietéticas judaicas.

  • Pratos Tradicionais: Incluem gefilte fish, latkes (panquecas de batata), challah (pão trançado), matzá (pão ázimo) e pratos típicos de festivais como a sopa de bolas de matzá.

Comunidades Judaicas

  • Diásporas: Comunidades judaicas em todo o mundo, cada uma com suas próprias variações culturais, mas unidas por um senso comum de identidade e tradição.

  • Israel: O moderno Estado de Israel é um centro cultural e espiritual para os judeus ao redor do mundo, reunindo uma diversidade de práticas e tradições judaicas.

Esses são apenas alguns aspectos da rica tapeçaria que é a cultura judaica.

Por: Família Bnei Avraham  

domingo, 1 de dezembro de 2024

PARASHÁ VAYETZE RESUMO E INSTRUÇÕES

 A Parashá Vayetze (וַיֵּצֵא), que significa "Ele Saiu", é a sétima porção semanal do ciclo anual de leitura
da Torá e cobre Gênesis 28:10-32:3. Esta parashá descreve a jornada de Jacó desde sua saída de Berseba até Harã e inclui eventos importantes, como o sonho de Jacó com a escada celestial, seu encontro com Raquel, os casamentos com Leah e Raquel, e o nascimento dos filhos de Jacó.

Principais Eventos da Parashá Vayetze :

  1. O Sonho de Jacó (Gênesis 28:10-22)
    • Jacó, fugindo da ira de seu irmão Esaú, deita-se para descansar em Betel e tem um sonho em que vê uma escada que vai da terra ao céu, com anjos subindo e descendo. Deus aparece a Jacó e renova a promessa feita a Abraão e Isaque, assegurando-lhe a terra de Canaã e uma descendência numerosa.
  2. Encontro com Raquel (Gênesis 29:1-14)
    • Ao chegar em Harã, Jacó encontra Raquel junto a um poço e se apaixona por ela. Ele conhece seu tio Labão e decide trabalhar sete anos para se casar com Raquel.
  3. Casamento com Lia e Raquel (Gênesis 29:15-30)
    • Labão engana Jacó, dando-lhe Leah em vez de Raquel após os sete anos de serviço. Jacó concorda em trabalhar mais sete anos por Raquel e finalmente casa-se com ela.
  4. Nascimento dos Filhos de Jacó (Gênesis 29:31-30:24)
    • Lia dá à luz Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulão. Raquel, que é estéril, dá sua serva Bila a Jacó, e ela dá à luz Dã e Naftali. Leah também dá sua serva Zilpa a Jacó, e ela dá à luz Gade e Aser. Finalmente, Raquel concebe e dá à luz José.
  5. Prosperidade de Jacó e Conflito com Labão (Gênesis 30:25-31:16)
    • Jacó prospera grandemente, aumentando seus rebanhos através de uma estratégia inteligente com as ovelhas de Labão. Labão e seus filhos ficam investidos da riqueza de Jacó, levando Jacó a decidir voltar para Canaã.
  6. Fuga de Jacó e Acordo com Labão (Gênesis 31:17-32:3)
    • Jacó foge secretamente com sua família e seus bens. Labão os persegue, mas após um confronto, eles fazem um acordo de paz.

 INSTRUÇÕES DA PARASHÁ VAYETZE

 A Parashá Vayetze contém muitas lições e ensinamentos significativos. Aqui estão algumas instruções e insights principais que podem ser retirados desta parte:

Conexão com o Divino

  • O Sonho de Jacó (Gênesis 28:10-22) : Jacó vê uma escada que conecta a terra ao céu, com anjos subindo e descendo. Este sonho simboliza a conexão contínua entre o mundo espiritual e o físico. A instrução aqui é buscar sempre manter essa ligação com o divino, confirmando a presença de Deus em todos os aspectos da vida.

Perseverança e Fé

  • O Serviço de Jacó em Harã (Gênesis 29-30) : Jacó trabalha arduamente na casa de seu tio Labão por muitos anos, primeiro por Leah e depois por Raquel. A perseverança e dedicação de Jacó, mesmo diante de dificuldades e manipulações, ensinam a importância da fé e do trabalho diligente para alcançar objetivos espirituais e pessoais.

Honestidade e Integridade

  • Acordos com Labão (Gênesis 30:25-43) : Apesar das tentativas de Labão de enganar Jacó, este mantém sua integridade e honestidade. A honestidade e a confiança nas exceções divinas são instruções claras desta parte da história. Jacó prospera, mostrando que Deus recompensa aqueles que seguem Seus caminhos justos.

Unidade Familiar

  • Nascimento dos Filhos de Jacó (Gênesis 29-30) : Os filhos de Jacó, que mais tarde se tornam as doze tribos de Israel, nascem durante este período. A diversidade e as diferentes dinâmicas entre os filhos ensinam a importância da unidade e da cooperação familiar, apesar das diferenças. A vitória de Deus é transmitida através da família, reforçando o valor dos laços familiares.

Votos e Compromissos

  • O Voto de Jacó em Betel (Gênesis 28:20-22) : Jacó faz um voto a Deus, prometendo que, se Deus o proteger e o trazido de volta em segurança, ele dedicará um décimo de tudo que receberá a Deus. Este voto mostra a importância de fazer compromissos sinceros com o divino e cumpri-los fielmente.

Comentários Cabalísticos

Os comentários cabalísticos sobre Vayetze destacam a importância de ver além da superfície dos eventos e reconhecer as forças espirituais no jogo. A escada no sonho de Jacó, por exemplo, é interpretada como um símbolo das diferentes camadas da realidade espiritual e da necessidade de elevação espiritual contínua.

Essas instruções e lições de Vayetze não são apenas histórias antigas, mas orientações práticas e espirituais para a vida moderna. Espero que estas reflexões tragam inspiração e aprofundem sua compreensão desta rica porção da Torá.

Por: Família Bnei Avraham

 

COMENTARIOS RABÍNICOS DA PARASHÁ VAYETZE

 A Parashá Vayetze (וַיֵּצֵא), que significa "Ele Saiu", abrange Gênesis 28:10-32:3 e narra a jornada de
Jacó desde sua saída de Berseba até Harã, incluindo o famoso sonho da escada, suas experiências na casa de Labão , e o nascimento de seus filhos. Aqui alguns comentários rabínicos estão notáveis ​​sobre essa parashá:

Rashi (Rabino Shlomo Yitschaki)

Rashi oferece diversos insights sobre a Parashá Vayetze:

  • O Sonho de Jacó: Rashi comenta que a escada no sonho de Jacó simboliza a conexão entre o céu e a terra, com os anjos subindo e descendo representando a visão divina. Ele explica que os anjos que subiam eram os que acompanharam Jacó na Terra de Israel e agora estavam retornando, enquanto os que desciam eram os novos anjos designados para acompanhá-lo fora da terra.
  • As Pedras Sob a Cabeça de Jacó: Rashi interpreta que as pedras colocadas sob a cabeça de Jacó se uniram em uma única pedra para simbolizar a unificação do povo de Israel, uma alusão às doze tribos que viriam de Jacó.

Ramban (Nachmânides)

Ramban, ou Rabino Moshe ben Nachman, apresenta comentários profundos filosóficos e místicos:

  • Visão da Escada: Ramban vê a escada do sonho de Jacó como uma representação da Providência Divina, ilustrando a interligação entre os eventos terrestres e o decreto celestial.
  • Labão e as Ovelhas: Ele detalha a relação entre Jacó e Labão, enfatizando a honestidade de Jacó apesar das manipulações de Labão. Ramban sugere que as florestas de Jacó, mesmo sob as tentativas de exploração de Labão, demonstram vitória e proteção divinas.

Forno

Rabino Ovadia Sforno oferece comentários práticos e morais:

  • Voto de Jacó em Betel: Sforno observa que o voto de Jacó em Betel, prometendo que o Senhor seria seu Deus se Ele o protegesse, demonstra uma profunda confiança de Jacó em Deus e sua intenção de dedicar sua vida e seus recursos ao serviço divino.
  • Interação com Raquel: Sforno também comenta sobre o primeiro encontro de Jacó com Raquel, observando que a prontidão de Jacó em servir mostra seu caráter trabalhador e dedicado.

Midrash Rabá

O Midrash Rabá expande as histórias e oferece interpretações adicionais:

  • Anjos no Sonho de Jacó: O Midrash sugere que os anjos que sobem e descem na escada representam as diferentes nações e os impérios que mantêm ascensão e queda, enquanto Jacó e seus descendentes permaneceriam sob a proteção divina.
  • Labão e os Ídolos: O Midrash também explora a questão dos ídolos roubados por Raquel, mostrando que Raquel tinha a intenção de afastar seu pai da idolatria, mostrando uma preocupação com a pureza espiritual da família.

Esses comentários rabínicos oferecem uma compreensão mais profunda dos eventos e temas da Parashá Vayetze, destacando lições de fé, integridade, e a constante supervisão divina na vida dos patriarcas.

Por: Família Bnei Avraham

COMENTARIOS CABALITICOS DA PARASHÁ VAYETZE

 A Parashá Vayetze (וַיֵּצֵא), que significa "Ele Saiu", abrange Gênesis 28:10-32:3 e inclui a famosa
história do sonho de Jacó com a escada que alcança o céu, bem como sua jornada para a casa de seu tio Labão, onde ele se casa com Leah e Rachel. Aqui estão alguns comentários cabalísticos sobre essa parashá:

Zohar

O Zohar interpreta o sonho de Jacó como uma visão profunda das conexões entre o céu e a terra. Os anjos que subem e descem na escada representam a comunicação entre o divino e o mundano. Jacó, ao acordar, regular o lugar como o "lugar onde o céu e a terra se encontram" (Gênesis 28:17), simbolizando a união entre o espiritual e o físico1.

Cabala Luriânica

Na Cabala Luriânica, o sonho de Jacó é visto como uma revelação das diferentes camadas da realidade espiritual. Cada degrau da escada representa uma camada da criação, e os anjos que subem e descem são mensageiros entre essas camadas. Jacó, ao fazer um voto de devoção, regulariza a presença divina em todos os aspectos de sua vida.

Cabala de Isaac Luria

Isaac Luria (o Arizal) interpreta o sonho de Jacó como uma metáfora para o processo de tikkun (reparação) do mundo. Os anjos que subem e descem na escada representam a elevação e a descida das forças espirituais, e Jacó é chamado a participar desse processo ao estabelecer um lugar de santidade (Bet-El) e fazer um voto de devoção.

Comentário do Rabino Yehuda e Rabino Nechemia

Os rabinos Yehuda e Nechemia comentam sobre o fato de Jacó ter tomado doze pedras do local onde teve o sonho, indicando que essas pedras representam os doze patriarcas que viriam a ser os fundadores das doze tribos de Israel. Eles explicam que a união dessas pedras simboliza a unidade e a continuidade da missão espiritual de Jacó.

Esses comentários cabalísticos oferecem uma visão rica e simbólica sobre a Parashá Vayetze, destacando a conexão entre o espiritual e o físico, a elevação das forças espirituais e a importância da devoção e do voto.

por: Família Bnei Avraham

domingo, 24 de novembro de 2024

COMENTARIOS CABALISTICOS DA PARASHÁ TOLEDOT

 A Cabala oferece uma perspectiva única e profunda sobre a Parashá Toledot, destacando as forças espirituais e simbólicas presentes nas histórias de Esaú e Jacó. Aqui estão alguns comentários cabalísticos sobre essa parashá:

Zohar

O Zohar, um dos textos cabalísticos mais importantes, ensina que Esaú e Jacó representam duas forças internas dentro de cada pessoa: Esaú simboliza o corpo e os desejos instintivos, enquanto Jacó representa a alma e a missão espiritual. A luta entre esses dois irmãos é vista como uma metáfora para a batalha interna entre o ego e a alma divina1.

Isaac e Guevurá

Isaac (Yitzchak) é visto como uma personificação da força de Guevurá, que é a capacidade de se ocultar e se controlar. Ele é descrito como passivo e sem destaque nas porções em que aparece, mas essa passividade é uma forma de força espiritual, mostrando autocontrole e disciplina1.

A Luta Interna

A Cabala ensina que dentro de cada pessoa há um Esaú e um Jacó constantemente brigando. O Esaú é totalmente ligado ao mundo material e busca satisfação imediata, enquanto o Jacó busca cumprir a vontade divina e viver uma vida de propósito1. Essa luta interna é essencial para o crescimento espiritual e a perfeição pessoal.

Redigging the Wells

Alguns comentários cabalísticos também falam sobre a metáfora dos poços que Isaac redig (reabre) após a morte de seu pai Abraão. Isso simboliza a necessidade de redescobrir e reforçar as tradições e ensinamentos espirituais que foram deixados por seus antecessores2.

Esses comentários cabalísticos oferecem uma visão rica e simbólica sobre a Parashá Toledot, ajudando a entender as complexas dinâmicas espirituais e pessoais presentes nas histórias de Esaú e Jacó.

 

Por: Familia Bnei Avraham

 

COMENTARIOS RABÍNICOS DA PARASHÁ TOLEDOT

 A Parashá Toledot, que abrange Gênesis 25:19 a 28:9, é rica em eventos significativos e traz muitas lições. Os rabinos, ao longo dos séculos, têm oferecido interpretações profundas e variadas sobre esses capítulos. Aqui estão alguns comentários rabínicos notáveis:

Comentário de Rashi

Rashi (Rabino Shlomo Yitzchaki) é um dos comentadores mais influentes da Torá. Ele oferece várias explicações detalhadas sobre Toledot:

  • Nascimento de Jacó e Esaú: Rashi destaca a profecia recebida por Rebeca sobre seus filhos: "Duas nações estão em seu ventre..." (Gênesis 25:23). Ele explica que Jacó e Esaú representam dois futuros povos e visões de mundo em constante conflito.
  • Venda do Direito de Primogenitura: No episódio em que Esaú vende seu direito de primogenitura para Jacó em troca de um prato de lentilhas, Rashi observa a importância da primogenitura na transmissão da bênção divina e espiritual, algo que Esaú desvalorizou.

Midrash Rabá

O Midrash Rabá é uma coleção de homilias e histórias rabínicas que oferecem interpretações adicionais sobre a Torá:

  • Concepção e Nascimento: O Midrash Rabá comenta sobre as dificuldades de Rebeca para conceber e o fato de que ela foi ao Senhor em oração. Os rabinos discutem como a oração fervorosa e a intervenção divina são fundamentais na narrativa.
  • Esaú e Jacó: A descrição de Esaú como um homem "habilidoso na caça" e Jacó como "um homem simples, habitando em tendas" é exposta no Midrash como uma reflexão de seus futuros papéis e personalidades. Esaú é associado à fisicalidade e impulsividade, enquanto Jacó é visto como espiritual e estudioso.

Comentário de Ramban (Nachmanides)

Ramban (Rabino Moshe ben Nachman), também conhecido como Nachmanides, fornece comentários detalhados e filosóficos:

  • Engano de Isaque: Ramban explica a complexidade moral da história onde Rebeca e Jacó enganam Isaque para que ele abençoe Jacó em vez de Esaú. Ele discute a necessidade de tais ações para cumprir a vontade divina e garantir que as bênçãos fossem para Jacó, o escolhido por Deus.

Rabino Jonathan Sacks

O falecido Rabino Jonathan Sacks oferece uma perspectiva contemporânea sobre Toledot:

  • Escolha Divina: Sacks destaca que a escolha de Jacó sobre Esaú é um reflexo da visão de Deus sobre liderança e moralidade. Ele discute a importância da justiça e compaixão nas escolhas divinas e como essas qualidades são essenciais para os líderes do povo de Israel.

Esses comentários rabínicos nos ajudam a compreender a profundidade e complexidade da Parashá Toledot, destacando temas de moralidade, justiça, e a importância das bênçãos divinas. Fascinante como essas interpretações continuam a ressoar e a ensinar, não é?

 

Por: Família Bnei Avraham 

A PARASHÁ TOLEDOT (תּוֹלְדוֹת), "GERAÇÕES,"

A Parashá Toledot (תּוֹלְדוֹת), que significa "Gerações," abrange Gênesis 25:19 a 28:9. Esta porção da Torá narra eventos importantes da vida de Isaque, Rebeca, Esaú e Jacó. Aqui estão alguns comentários e lições dessa parashá:

Gênesis 25:19-34: Nascimento de Esaú e Jacó

  • História: Rebeca, esposa de Isaque, concebe gêmeos depois de muitos anos de infertilidade. Durante a gravidez, ela sente um grande tumulto em seu ventre e recebe uma profecia de que seus filhos serão duas nações, e o mais velho servirá ao mais jovem. Esaú nasce primeiro, seguido por Jacó segurando o calcanhar de Esaú. Mais tarde, Jacó compra o direito de primogenitura de Esaú em troca de um prato de lentilhas.
  • Lições: A história destaca a importância do direito de primogenitura e a busca pela bênção divina. A profecia sobre os gêmeos aponta para os papéis significativos que ambos desempenharão na formação das nações de Israel e Edom.

Gênesis 26: Vida de Isaque em Gerar

  • História: Isaque se estabelece em Gerar devido a uma fome na terra. Ele passa por experiências semelhantes às de seu pai Abraão, incluindo alegar que Rebeca é sua irmã. Deus renova a aliança com Isaque, prometendo-lhe bênçãos e multiplicação de sua descendência.
  • Lições: Isaque enfrenta desafios e prospera, mostrando a importância da fé e da confiança nas promessas de Deus. A repetição das experiências de Abraão reflete a continuidade da aliança divina através das gerações.

Gênesis 27: Bênção de Isaque

  • História: Isaque, agora idoso e cego, deseja abençoar Esaú antes de sua morte. Rebeca e Jacó enganam Isaque, fazendo-o pensar que está abençoando Esaú, quando na verdade está abençoando Jacó. Esaú fica furioso ao descobrir que sua bênção foi roubada.
  • Lições: Esta história destaca os temas de engano e destino. A bênção de Isaque é vista como um ponto crucial para o futuro de Jacó e das doze tribos de Israel. A narrativa também levanta questões sobre moralidade e consequências das ações.

Gênesis 28:1-9: Fuga de Jacó para Harã

  • História: Para evitar a fúria de Esaú, Jacó foge para a casa de seu tio Labão em Harã. Antes de partir, Isaque abençoa Jacó novamente e o instrui a não se casar com uma mulher cananeia. Esaú, ao ver que seus casamentos com mulheres hititas desagradam seus pais, toma uma esposa da família de Ismael.
  • Lições: A fuga de Jacó marca o início de uma jornada de crescimento e transformação pessoal. As instruções de Isaque refletem a importância de manter a pureza da linhagem e a aliança com Deus.

Comentários Rabínicos e Cabalísticos

  • Rabínicos: Os rabinos discutem a natureza da primogenitura e das bênçãos, enfatizando a soberania divina nos eventos da vida de Jacó e Esaú. Eles também exploram os temas de engano, justiça e as complexas dinâmicas familiares.
  • Cabalísticos: Os cabalistas veem as histórias como reflexões das forças espirituais em jogo. Esaú representa o aspecto material e impulsivo da alma, enquanto Jacó simboliza a busca espiritual e a conexão com o divino. A luta entre os irmãos é vista como a luta interna entre esses aspectos.

Conclusão

A Parashá Toledot oferece lições valiosas sobre fé, destino, moralidade e crescimento espiritual. As histórias de Jacó e Esaú continuam a ressoar como exemplos de complexas dinâmicas humanas e a busca por uma vida de propósito e bênção.

 

Por: Familia Bnei Avraham

domingo, 17 de novembro de 2024

COMO SE PRONUNCIA O NOME DE DEUS???

 A precisão exata do nome de Deus representado pelo Tetragrama YHWH (יהוה) é desconhecida. Essa
incerteza ocorre porque o hebraico bíblico original foi escrito sem vogais, o que torna a pronúncia do nome um mistério.

Aqui estão alguns pontos que ajudam a entender essa complexidade:

1. Pronúncia Original (Provável) 

A hipótese mais aceita entre os estudiosos modernos é que o Tetragrama seja pronunciado como "Yahweh". Essa versão é baseada em reconstruções linguísticas e comparações com nomes teofóricos (nomes que incluem uma parte do nome de Deus, como Yehoshua – Josué).

Outras sugestões, como "Yahveh", também foram propostas, mas "Yahweh" é a mais amplamente aceita.

2. Por que a pronúncia foi perdida?

Por volta do século III aC, os judeus pararam de pronunciar o Tetragrama por respeito e para evitar o uso indevido do nome sagrado, conforme orientações do Terceiro Mandamento ("Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão").

Durante as leituras públicas da Torá, os judeus substituíram o nome YHWH por Adonai (que significa "Senhor") ou por HaShem (que significa "O Nome").

Com o passar do tempo, a pronúncia original foi esquecida devido à falta de uso.

3. As Variações "Jeová" ou "Jeová"

A versão "Jeová" (em português, "Jeová") surgiu na Idade Média, quando estudiosos cristãos inseriram as vogais de "Adonai" nas consoantes YHWH. Isso resultou na forma híbrida "Yehowah", que mais tarde se tornou "Jehovah".

No entanto, essa pronúncia é considerada incorreta por estudiosos, pois é uma construção artificial que não reflete a pronúncia hebraica original.

4. Conclusão

Embora "Yahweh" seja uma pronúncia mais aceita entre os acadêmicos de hoje, é importante entender que não há consenso absoluto. Para muitos judeus e outras pessoas de fé, a preocupação maior é mostrar reverência ao nome de Deus, independentemente da pronúncia exata.

Por: Família Bnei Avraham

QUAL O VERDADEIRO NOME DE DEUS???

O "verdadeiro" nome de Deus é um tema complexo e que depende do contexto religioso, cultural e linguístico. Diferentes tradições espirituais e religiões têm formas distintas de se referir a Deus. Aqui estão alguns exemplos importantes:

1. YHWH (יהוה) - Judaísmo

No judaísmo, o nome mais sagrado de Deus é YHWH (também escrito como YHVH), conhecido como o Tetragrama Sagrado. Em hebraico, essas quatro letras são usadas para representar o nome de Deus, mas não têm vogais e, portanto, sua pronúncia exata é desconhecida. Algumas sugestões para a pronúncia são Yahweh ou Jeová, mas, por reverência, a tradição judaica geralmente evita pronunciar esse nome diretamente.

Em vez disso, os judeus usam substitutos como Adonai (Senhor) ou HaShem (O Nome) durante a leitura da Torá.

2. Deus - Cristianismo

No cristianismo, Deus é frequentemente referido como simplesmente Deus, Pai, ou Senhor. No Novo Testamento, Jesus refere-se a Deus como Pai (em aramaico, Abba). Embora os cristãos aceitem o uso do Tetragrama, geralmente usam o termo Deus ou outros títulos para se referirem à divisão.

Alguns grupos cristãos, como as Testemunhas de Jeová, preferem usar o nome Jeová para se referir a Deus, baseando-se em traduções mais antigas da Bíblia.

3. Allah (الله) - Islã

No islamismo, Deus é chamado de Allah em árabe. A palavra "Allāh" significa literalmente "O Deus" e é usada exclusivamente para se referir à supremacia. O Alcorão lista 99 nomes de Deus (Asma'ul Husna), que descrevem suas qualidades, como Ar-Rahman (O Misericordioso) e Ar-Rahim (O Clemente).

4. Outros Nomes em Diversas Tradições

Brahman ou Ishvara no hinduísmo.

Ahura Mazda não é zoroastrismo.

Olorun ou Olodumare em religiões africanas como a iorubá.

Wakan Tanka entre os povos nativos americanos (Lakota).

Conclusão

O "verdadeiro" nome de Deus é visto de forma diversa dependendo da tradição espiritual e da língua. Para muitos, o nome não é tão importante quanto a reverência, a fé e a relação pessoal que se tem com o divino. Na maioria das tradições monoteístas, o nome de Deus é considerado sagrado e deve ser usado com respeito e cuidado.

Por: Família Bnei Avraham

COMENTARIOS E LIÇÕES DE GENESIS: 23 A 25

 A Parashá Chayei Sara (חַיֵּי שָׂרָה), que significa "A Vida de Sara", abrange Gênesis 23:1 a 25:18. Esta porção da Torá nos oferece várias histórias importantes e lições significativas.

Gênesis 23: Morte e Sepultamento de Sara

  • História : Sara viveu 127 anos e faleceu em Hebrom. Abraão compra a caverna de Macpela dos hititas como local de sepultamento para Sara.
  • Lições : A compra de um local de sepultamento mostra o cuidado de Abraão em honrar sua esposa e estabelece um local de legado familiar. Este ato também reforça a conexão permanente de Abraão e sua descendência à terra de Canaã.

Gênesis 24: Casamento de Isaque e Rebeca

  • História : Abraão envia seu servo Eliezer para encontrar uma esposa para seu filho Isaque. Rebeca é escolhida por sua posse e generosidade, simbolizada pelo ato de dar água a Eliezer e seus camelos.
  • Lições : Esta história destaca a importância da gentileza, hospitalidade e exceções divinas na escolha de parceiros. A fé de Eliezer em encontrar a esposa certa para Isaque através de um sinal divino mostra a confiança em Deus.

Gênesis 25: Filhos de Abraão com Quetura e Morte de Abraão

  • História : Após a morte de Sara, Abraão se casa com Quetura e tem mais filhos. Abraão morre aos 175 anos e é sepultado pelos seus filhos Isaque e Ismael na caverna de Macpela.
  • Lições : A genealogia dos filhos de Abraão com Quetura mostra a extensão das vitórias de Deus para Abraão. A cooperação entre Isaque e Ismael no sepultamento de seu pai destaca a importância da unidade familiar e do respeito, mesmo em meio às diferenças.

Comentários Rabínicos e Cabalísticos

  • Rabínicos : Os rabinos discutem a importância da hospitalidade de Rebeca, a santidade do local de sepultamento de Sara e o exemplo de fé e obediência de Abraão. Eles também destacam a importância de seguir as exceções divinas e os valores morais na escolha de parceiros.
  • Cabalísticos : Os cabalistas veem a caverna de Macpela como um portal espiritual entre o mundo físico e o espiritual. A busca de Eliezer por uma esposa para Isaque é vista como uma missão espiritual para encontrar uma alma gêmea. A união de Isaque e Rebeca representa a harmonia das forças masculinas e femininas.

Conclusão

A Parashá Chayei Sara nos ensina sobre a importância da fidelidade, hospitalidade, compaixão e busca por conexões espirituais profundas. Essas histórias continuam a ressoar, oferecendo lições valiosas para nossas vidas hoje.

Por: Família Bnei Avraham

ENTENDIMENTOS RABINICOS DA PARASHÁ SARA

 Os rabinos oferecem interpretações avançadas e profundas dos capítulos 23 a 25 de Gênesis, trazendo à tona lições espirituais e morais significativas. Vamos explorar essas interpretações:

Gênesis 23: Morte e Sepultamento de Sara

  • Valor do Local do Sepultamento : O significado da compra da caverna de Macpela por Abraão é vista como um ato de grande. Os rabinos interpretam isso como um esforço para garantir que Sara seja enterrada em um lugar de santidade e conexão espiritual.
  • Morte de Sara : A vida de Sara é refletida como um modelo de fé e virtude, e sua morte é considerada um momento de grande tristeza para Abraão e para toda a sua família. Os rabinos discutem a importância do luto e da honra aos mortos.

Gênesis 24: Casamento de Isaque e Rebeca

  • Missão de Eliezer : Os rabinos veem a missão de Eliezer de encontrar uma esposa para Isaque como um exemplo de fidelidade e discernimento. Eles destacam a importância das exceções divinas no processo, bem como os sinais que guiaram Eliezer para Rebeca.
  • Qualidades de Rebeca : A espera e a hospitalidade de Rebeca são enfatizadas como qualidades essenciais para ser uma matriarca do povo de Israel. Sua disposição em ajudar e sua generosidade são vistas como sinais de sua adequação espiritual.

Gênesis 25: Filhos de Abraão com Quetura e Morte de Abraão

  • Quetura e Seus Filhos : A identidade de Quetura é discutida, com alguns rabinos interpretando-a como Hagar, que voltou a viver com Abraão após a morte de Sara. Seus filhos são vistos como parte da extensão da vitória de Abraão a todas as nações.
  • Morte de Abraão : A morte de Abraão é vista como o fim de uma era e o cumprimento de uma vida plena de fé e obediência a Deus. Os rabinos destacam como ele foi "ajuntado ao seu povo", interpretando isso como uma referência à sua união com os justos no mundo espiritual.

Essas interpretações rabínicas enfatizam a importância da fé, da conformidade e da virtude em cada um desses eventos, oferecendo lições valiosas que continuam a ressoar. Fascinante como essas interpretações podem aprofundar nossa compreensão dos textos bíblicos, não é?

 

Por: Família Bnei Avraham

Parashá Ki Tavô

 Vamos aprofundar o estudo da  Parashá Ki Tavô com um resumo de cada aliá, seguido de comentários rabínicos e lições práticas para os dia...